Nascemos de um momento desafiador: a luta de um espermatozoide tentando acessar o óvulo para garantir a sobrevivência da nossa espécie. E após nascidos, somos desafiados diariamente. Precisamos nos esforçar para respirar, aprender a digerir alimentos, andar, falar, ou seja, uma luta sem fim entre um desafio e outro. Somos motivados a lutar para sobreviver a todo instante.
Segundo o psicólogo Abraham Maslow, o homem é motivado conforme as suas necessidades. Dessa forma, cada desejo nosso influenciará na motivação e irá impactar em nossas realizações. Nesse sentido, entender as necessidades individuais e conectar ao desafio que aprendemos desde cedo a enfrentar, será o caminho para a motivação pessoal.
Quando enfrentamos um desafio estamos em busca de algo previsto, mas para exercitar habilidades socioemocionais se faz necessário trabalhar em áreas que não foram necessariamente identificadas como demanda pessoal, ao menos até um certo momento. E é aí onde a presença de um Mentor torna-se fundamental. O olhar experiente de um mentor permite que aprendizes visualizem aquilo que não conseguiriam enxergar sozinhos. Essa antecipação transforma um desafio em uma missão, que uma vez executada eliminará a necessidade de enfrentar um desafio.
Separamos os passos fundamentais para você desenvolver missões para seus aprendizes, facilitando o exercício socioemocional entre eles.
Antes de ensinar algo, procure desenvolver uma missão para que o aprendiz descubra sozinho o sentido daquilo que ele irá aprender. Você pode utilizar isso para ensinar qualquer coisa, até mesmo temas na linha cognitiva, por exemplo, se você quer ensinar a fórmula da velocidade a um aluno, crie antes uma missão capaz de fazê-lo questionar sobre tudo o que envolve o tema.
Antes de entrar em um tema a ser ensinado, faça o aprendiz ter contato com elementos relacionado ao tema, dentro do seu próprio território, para isso, construa uma caminhada para que ele possa perceber elementos antes de saber como aplicar. Você pode conduzir o aluno a procurar por esses elementos em sua própria casa, ou em uma rede social, por exemplo.
Tomando o exemplo da fórmula da velocidade, imagine levar uma turma do ensino médio até a quadra de esportes e pedir que cada chute uma bola ao gol, medindo a distância percorrida pela bola e o tempo que ela levou até cruzar a linha do gol. Você teria os elementos que envolvem o cálculo, em um território frequentado pela turma.
A gente sabe da importância dos livros, mas a comunicação é parte importante no processo de aprendizagem e enquanto os livros precisam trazer uma linguagem mais técnica, você, enquanto Mentor(a) de um Aprendiz, precisa criar uma aproximação mais clara de sua linguagem, criando uma conexão emocional com cada indivíduo. As atividades do livro não podem ser descoladas, mas suas missões podem. Então, encontre termos descolados conforme a faixa de idade de seus aprendizes.
Quando você cria uma missão, é possível permitir que não haja certo nem errado, nesse momento o foco é motivar o aprendiz a querer cumprir sua missão e não criar nele uma sensação de que não pode errar, ou melhor, não é interessante fazê-lo acreditar que há certo ou errado. Missões devem ser cumpridas de maneira singular, cada um é um indivíduo, e é por isso que a autonomia torna-se tão importante no processo. Quando um aprendiz decide não cumprir uma missão, é mais importante saber o motivo que o levou a ficar parado, do que enfrentar ou obrigar sua execução.
Quando nossa equipe projetou a plataforma Tinbolt, nossa missão era descobrir quais caminhos facilitariam a vida dos Mentores quanto ao desenvolvimento das competências socioemocionais e de que maneira deveríamos criar interdisciplinaridade entre as disciplinas do socioemocional e as cognitivas. Nosso objetivo era criar engajamento entre aluno e escola, para depois aplicarmos o método nas empresas. Foi daí que encontramos um método alinhado às tecnologias que despertavam o interesse do Aprendiz, aplicado ao território dele, que lhe desse autonomia e respeitasse sua singularidade. Resultado: as coisas começaram a fazer mais sentido para os envolvidos.
Na prática, qualquer atividade pode ser transformada em missão, engajando o aprendiz em processos de aprendizagem ou em suas rotinas diárias. O APRENDIZ recebe missões definidas por seus MENTORES e envia uma evidência de que concluiu sua missão, devendo o MENTOR avaliar essa evidência. As evidências (foto ou vídeo) são compartilhadas com outros aprendizes na timeline (linha do tempo) do Tinbolt.
O aprendiz tem autonomia para decidir quem pode ver suas evidências na linha do tempo, podendo escolher entre mentores, aprendizes de um mesmo cubo (grupo) ou torná-las públicas para que todos possam visualizar.
A troca de conhecimento já é parte da rotina do ser humano e o compartilhamento de experiências também. Agora imagine isso tudo acontecendo em uma rede social ou socioemocional. Acesse nosso site pois construímos uma trilha bem simples para você entender o método e a plataforma de maneira simples e objetiva.